ANÁLISE DAS
ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS
PAPEL
DESEMPENHADO PELOS MOVIMENTOS AUTÁRQUICOS INDEPENDENTES
RESULTADOS OBTIDOS E CONSTRANGIMENTOS
O Movimento
de Independentes “Juntos por Aveiro” concorreu às últimas eleições autárquicas
em Aveiro.
Foi uma
experiência extraordinária partilhar esses tempos com um grupo de pessoas que
só estiveram unidas por um projecto e já não pela pertença a Partidos. Aqueles
que não precisaram do suporte das máquinas partidárias para irem para a rua
defender as suas convicções. Aqueles que se dispuseram a correr o risco de
escolher uma candidatura que os outros quiseram apresentar como inevitavelmente
condenada ao insucesso. Porque não havia dinheiro. Porque não se andou a
distribuir dinheiro antes por aquelas pessoas que acham que fazem opinião.
Porque não houve cartazes gigantes espalhados pela cidade toda. Nem panfletos
brilhantes e de muitas cores em todas as caixas de correio. Porque não contámos
com o quadradinho com os símbolos dos partidos no boletim de voto.
Disputámos
uma campanha eleitoral em condições absolutamente desiguais, em Aveiro passámos
a ser 3ª força politica, com representações na Câmara Municipal, na Assembleia
Municipal e vencemos numa Freguesia. Nas outras 9 Freguesias temos eleitos em 7
Freguesias.
Em Aveiro,
comparando com 2009, todos os Partidos perderam votos, os “Independentes” são
uma realidade (CM – 3.480, AM – 3.545) aumentou a abstenção (51,05%).
Passado
praticamente 1 mês o nosso Movimento continua ativo, reunindo regularmente,
sendo opinião unânime que é importante reforçarmos laços com outros Movimentos,
para cimentar a onda de esperança que criámos com o nosso aparecimento.
ESPERANÇA é
a palavra chave do nosso movimento. Os Portugueses estão exaustos, cansados de
tanta austeridade e não convencidos da necessidade de permanentes
sacrifícios. Por isso não acreditam nos
Partidos, naturalmente quem ganhou foi a ABSTENÇÃO, como alguém dizia,
transcrevo ...”Se a direita oferece desesperança, a esquerda merece
irrelevância.”
Chegou a
hora dos Movimentos de Independentes e nós temos que corresponder a este
desafio.
Em termos
nacionais os Movimentos Independentes tiveram 6,9% dos votos, tornaram-se a 4ª
força politica, o que não deixa de ser um bom indicador.
Não
atingimos os números de outros movimentos idênticos na Europa – o P.Democrático
Italiano (comed. Grillo) 25% dos votos nas legislat. 2013; Aliança dos Cidadãos
Descontentes-Rep. Checa – 20% dos votos; o Partido das Pessoas Normais e
Independentes, na Eslováquia foi a terceira força mais votada, nas legislativas
de 2012 – mas a nossa participação preocupa profundamente os Partidos
instalados, que tudo farão para dificultar a nossa instalação.
Na vizinha
Espanha apareceu também agora a Red Ciudadana Partido X ,dizendo que o seu
objectivo “é reiniciar a democracia onde os cidadãos sejam ouvidos e se tenham
em conta as suas propostas. Não são de esquerda nem da direita e avisam que
aqueles que são “puros” do ponto de vista ideológico, não vão estar
confortáveis neste Partido. Pedem aos cidadãos que se façam responsáveis do que
é seu, a vida politica de Espanha.”
Meus Amigos:
É importante
que nos organizemos e que independentemente de termos autonomia concelhia,
tenhamos uma Coordenação nacional.
Estamos
aqui, vindos de Aveiro, para trocar ideias e experiências convosco e reforçar
um projeto que seja comum e motive os portugueses.
Tomar, 30 de
Novembro de 2013
Carlos
Manuel Silva Santos
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